Durante os dias 26 e 30 de julho aconteceu a primeira edição da Campus Party no Nordeste, especificamente em Recife no Chevrolet Hall e no Centro de Convenções. Segundo os dados oficiais do evento, a CP Recife recebeu cerca de 2 mil campuseiros e 60 mil pessoas circularam pela Zona Expo (área aberta ao público). Tudo isso em uma área de 30 mil m² divida em 180 atividades com mais de 200 horas de conteúdo.
Idealizada em apenas 100 dias, a CP Recife mostrou-se bem organizada, não deixando nada a desejar em relação à edição de São Paulo, segundo Mario Teza, diretor geral da Futura Network, idealizadora do evento. É verdade que houve sim algumas falhas no evento como a queda da internet em todos os dias e a Zona Expo que ficou distante da arena principal, mas nada ao ponto de manchar a grande experiência que o evento proporcionou ao Nordeste.
No encerramento, Mario Teza fez uma alusão ao Vale do Silício, Califórnia nos EUA, dizendo que o Vale do Silício brasileiro começava no Vale do São Francisco, devido ao potencial que o polo tecnológico do Recife e o Nordeste têm. O diretor chegou a dizer ainda que as chances de ter uma segunda edição da CP Recife em 2013 são bastante grandes.
O encerramento oficial do evento ocorreu na noite de ontem às 21h, mas muitos campuseiros continuaram presentes na estrutura montada no Centro Convenções e principalmente no Chevrolet Hall, onde a internet de 5 Gbps trazida pela Telefônica-Vivo foi desligada somente ao meio-dia de hoje. Os participantes aproveitaram ao máximo as últimas horas do evento e da internet para jogar e baixar arquivos. Um dos últimos campuseiros a sair contabilizou os seus downloads e declarou ter baixado 1 TB e 200 MB em seu desktop.
Ao final, o evento deixa uma grande experiência aos participantes e um legado a cidade de Recife e ao estado de Pernambuco. O cabeamento de fibra ótica feito pela Telefônica-Vivo, que cruza boa parte de Recife, foi deixada como herança ao governo e prefeitura para uso na saúde, educação e outros projetos populares.