
Com o crescimento da banda larga fixa, a expansão do 3G e começo das operações do LTE, o Brasil precisava melhorar seu tráfego de dados já que a demanda também não para de crescer.
No País a velocidade de tráfego de dados ainda é pequena. Cerca de 10 Gbps a 40 Gbps. Para suportar transferência maior é necessário um backhaul construído com fibra ótica e aproveitando a oportunidade e antecipar a explosão da demanda no mercado, o engenheiro para desenvolvimento de redes óticas no laboratório de pesquisa da JDSU, Fred Heismann, esteve em São Paulo nesta semana para falar com operadoras e fornecedores sobre novas tecnologias de redes de 100 Gbps e 400 Gbps.
"Estamos vendo demandas particularmente das teles", diz ele, citando aplicações novas como gerenciamento de desempenho de conexões máquina-a-máquina (M2M), além da banda larga móvel e fixa.
Heismann afirma que, com a tecnologia de 100 Gbps com receptores coerentes, há funcionalidades novas para as empresas. "A característica mais importante é que os receptores são muito tolerantes. Diferente do receptor convencional, o coerente é converter todas as propriedades de luz em sinais elétricos, e o processo é capaz de remover a distorção do sinal", garante. Ou seja: há uma menor perda de pacotes na rede.
No contexto nacional, o engenheiro de sistemas (áreas metro, Ethernet e transporte de dados) da JDSU, Fabio Marchiori, diz que a tecnologia de 100 Gbps era utilizada apenas em cabos submarinos e transmissões intercontinentais. Segundo ele, a companhia está analisando e experimentando com operadoras para a implantação da maior velocidade.
A previsão da JDSU é que até 2016 o mercado mundial tenha quase 600 mil unidades de equipamentos de transmissão com capacidade de 100 Gbps, contra menos de 100 mil atualmente.