A Xiaomi estaria enfrentando algumas dificuldades no Brasil e cogita sair do país ainda este ano. A fabricante chinesa ‘estreou’ no Brasil há apenas um ano, com o smartphone Redmi 2.
Os problemas encontrados pela Xiaomi por aqui teriam começado logo na sua chegada. A empresa tentou importar seu modelo de negócios que vinha dando muito certo na China, mas que acabou não dando certo com os brasileiros.
Na China, a Xiaomi pratica uma modalidade chamada "flash sales”, onde o consumidor compra o dispositivo diretamente do fabricante, em horários pré-determinados quando era liberado o botão "comprar" no seu site. Bugs neste botão que não liberavam ele na hora certa, a desconfiança do brasileiro em comprar diretamente de uma fabricante que ele ainda não conhecia e a falta de opção de pagar no boleto, foram característica que fracassaram as vendas do smartphone por aqui, mesmo o aparelho custando apenas 499 reais em seu lançamento.
Aparentemente estão sendo vendidos, em média, apenas 10 mil smartphones da Xiaomi por mês, número relativamente baixo para um aparelho voltado para o segmento do custo-benefício e que pretende vender grandes volumes.
Segundo o IDC, em 2015 foram vendidos 3,9 milhões de smartphones por mês no Brasil. E um outro motivo pra isso foi o "azar" da Xiaomi em chegar justamente no ano em que foram suspensas isenções de impostos da Lei do Bem que estavam ajudando a baratear muito os smartphones.
Rumores também apontam que a Foxconn de Jundiaí, que fabrica o Redmi 2 Pro, teria cessado sua produção já há meses, com um estoque completamente parado. Alguns funcionários ligados à Xiaomi já nem estariam mais comparecendo todo dia ao trabalho.
Mais um golpe contra a companhia seria em relação ao seu Mi Power Bank, que não é fabricado aqui, mas sim importado. Uma classificação incorreta para a bateria no seu processo de importação teria sido descoberta pela Receita, o que acarretou uma multa pesada contra a Xiaomi. Além disso, testes da Anatel para homologação das baterias teriam encontrado vazamentos e até explosões, o que suspendeu as vendas do Power Bank por aqui.